A verdade sobre a urna eletrônica e a biometria

           Faltam menos de 5 meses para as eleições, e como já comentamos aqui, ela é forma mais importante de se exercer a cidadania, escolhendo quem será seu representante, analisando as propostas e quais são os melhores candidatados para se eleger, porém será mesmo que o voto é seguro? Digo, a maneira, com que o voto é coletado e computado?

     E a biometria você acha que é democrática, segura e sem nenhuma chances de erro ou duvidas, a mais correta e perfeita?

   

      Se você nunca parou para analisar ou pesquisar, a urna eleitoral eletrônica, funciona da seguinte forma :  Você eleitor, faz todo o procedimento de escolha do candidato e digita na maquina (urna), onde esta através de um softwares computa os votos, cada urna gera um relatório do numero de votos de cada candidato escolhido naquela urna, estes relatórios são depois somados. No meio deste processo, você reparou que tudo depende do que o software (programa da urna), computar realmente?

      E estes não podem sofrer uma auditoria para recontagem, pois se por acaso o software foi modificado, foi “comprado”, é impossível alguém contar os votos novamente, nem mesmo os candidatos que estão concorrendo as vagas podem saber o que vai acontecer !

     Este modelo de urna, foi rejeitada e considerada inconstitucional, em mais de 60 países, como Paraguai, Holanda, Alemanha, Peru, Rússia, México, entre outros,   os quais a maioria utilizam do voto impresso e de outros métodos de urnas, que vou explicar logo mais.

     O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), garante e afirma que este é o melhor método para se computar os votos, o mais seguro, e se os mesmos fossem impressos seria um retrocesso.

      Podemos dividir  os tipos (tecnologia) de urnas, em “gerações”,  de acordo com a  proposta do prof. Pedro Rezende, da UnB e do CMInd, durante uma apresentação em audiência pública no TSE em julho de 2010.

      Estas gerações, podem ser dividas em  3 (modelos – DRE, VVPAT e E2E).

       Está denominação de gerações foi reprovada pela ministra do TSE em 2013, a qual justificou que os três modelos descritos surgiram como evolução um após o outro, sempre para resolver algum problema do modelo anterior, coisa que se compararmos não acontece, pois com exceção do BRASIL, todos os outros países, como dizemos acima, trocaram ou rejeitaram este tipo de urna, pois a consideravam inconstitucional, ser dependente do software.

  

COMPARE AS MAQUINAS BRASILEIRAS COM AS UTILIZADAS POR OUTROS PAÍSES :

    

  1ª GERAÇÃO –   Brasil

     Esta é a maquina DRE da 1ª Geração, a qual sua principal característica é a confiabilidade do resultado publicado fica totalmente dependente da confiabilidade do software instalado no equipamento.

      Máquinas DRE foram usadas em eleições oficiais em 1991 na Holanda, em 1992 na Índia e em 1996 no Brasil. O modelo brasileiro chegou também a ser usado em alguns países latino americanos entre 2002 a 2006, porém foi rejeitado em todos!

2ª GERAÇÃO Modelo  VVPAT –  A principal característica de equipamentos é que passam a ser independentes do software. O Registro Digital dos Votos (RDV) e a sua apuração eletrônica podem, neste caso, ser conferidos por ações contábeis de auditoria, independente do desenvolvedor do software e do administrador do sistema. 

    Índia

    México

    Venezuela

    

3ª GERAÇÃO E2E – BVE – TOUCH SCREEN  – As principais características  são, a independência do software e a grande
facilidade de auditoria independente, de ponta a ponta, no processamento
digital do voto.

    A maquina que está abaixo, foi implantada na em algumas cidades da Argentina, e tem algo curioso e tecnológico bem interessante em sua composição. Ela apresenta uma cédula eleitoral embutida com um chip
de rádio-frequência (RFID), onde, num só documento, o chamado Boleta de Voto Eletrónico, estão
presentes o registro digital e o registro impresso do voto.

   Garante um enorme seguro para os partidos, candidatos e principalmente os eleitores, durante a apuração de votos.

Maquina VotAR, com BVE, usada na Argentina desde 2010 Províncias de Salta, Chaco, Córdoba, Santa Fé e Buenos Aires) 

  

         Qual você acha que é a verdadeira geração? E a mais segura?Todos os países, grandes ou pequenos, que utilizam o voto como a melhor forma de eleição, utilizam o método de impressão de votos, além da contagem do sistema, é feita e possível uma apuração através dos votos impressos !
            
             TSE se está maquina é tão segura e tão prática assim, por que então, ao invés de

liberar o código fonte, para que muitos programadores ou então pesquisadores de universidades conhecidas e renomeadas, que queriam implementar e fazer melhorias na tecnologia atual, para evitar fraudes, e erros que já foram detectados principalmente de segurança e de possivel manipulação, ou identificação de eleitor, preferem pagar para empresas de consultoria como Diebold, que já foi procurada e processada em diversos países por corrupção e desvio de condutas? Fora a comprovação do excelente trabalho da mesma, que por ser tão bom, permitia ataques e manipulações em seus sistemas.

           Nem empresas como a própria Google, ou Apple consegue criar sistemas 100% seguros e eficientes de fato, como este tipo de empresa junto com a inteligência do Brasil, iria criar?

         
      Se nem as urnas eletrônicas são confiáveis o que você me diz do recadastramento biométrico? 

              O recadastramento biométrico, é obrigatório,até mesmo para quem tem seu voto facultativo ou seja maiores de 16 e menos de 18 ou maiores de 70 anos, e caso o eleitor, em que sua cidade já disponha deste método, não se cadastre, perderá não só o direito de votar, bem como o direito de tomar posse em cargos públicos, receber salários, tirar RG, Passaporte, e para fazer o recadastramento, no ato é tirada uma foto em alta resolução, e são coletados as impressões digitais dos 10 dedos, porém no ato do voto só são conferidos 4. O órgão que responde por isso, é o mesmo o TSE sem base alguma para coibir e exigir de tal modo que o eleitor se recadastre com tantos dados assim contra a própria vontade.  

               Mas porque o governo quer tantos nosso dados? Sendo que desta mesma forma, caso haja hipoteticamente um “mesário  comprado”, ele poderá alegar que as digitais de uma pessoa qualquer está errada ou seja erro de identificação (sistema), e “acreditando” num documento com foto qualquer, deixará a pessoa (mesma se passando por outra), votar ! 

                  E numa situação comum, legal, se uma pessoa por via das duvidas esquecer o documento (RG), ou então der problema em suas digitais, ela não poderá votar somente apresentando o Titulo de eleitor antigo, fornecido pelo próprio órgão ! Sabe por que? Por que é cheio de falhas, e os mesmo os repudiam agora ! 

                      Pense, com tudo que está acontecendo atualmente, desde o Marco Civil da Internet, até as manifestações  e espionagens além de  todo o resto, o que você acha, e para que , o governo quer e fará com tantos dados e informações dos cidadãos?

         

Fontes : Modelos e Gerações das Urnas  /  Folha Política /

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