Neurocientista Miguel Nicolelis reclamou do pouco tempo de exibição do exoesqueleto durante a abertura da Copa 2014

Ontem (12/06) começou inicialmente a Copa 2014, no Brasil. Os vários shows já foram algo inovador em relação à abertura da Copa, já que normalmente a abertura é algo breve. Contudo, o que mais decepcionou não foi exatamente isso. O tão aguardado momento – o chute com o exoesqueleto – durou apenas 7 segundos, sim foram apenas 7 segundos. O que era para acontecer em 29 segundos , que já era considerado quase impossível sabendo a complexidade da área da robótica, foi feito em 16 segundos , sendo que apenas 7 segundos foram exibidos pelas emissoras de TV. 

O exoesqueleto foi desenvolvido pelo neurocientista Miguel Nicolelis, um brasileiro, que afirmou estar decepcionado com o fato ocorrido. Essa área de pesquisa já vem sendo explorada desde 1999 e podemos dizer que houve sim um grande avanço em tais pesquisas. 

Em resposta , o neurocientista afirmou que a FIFA não estava preparada para registrar esse momento histórico : “A Fifa nos informou que nós teríamos 29 segundos para realizar um experimento dificílimo. Nunca ninguém fez uma demonstração em 29 segundos de robótica. Isso não existe em lugar nenhum do mundo. Foi um esforço dramático de todas essas pessoas que estão aqui. E nós realizamos em 16”, disse Nicolelis. “Pelo visto, a Fifa não estava preparada para filmar um experimento que vai ser histórico”, completou.

Juliano Pinto, voluntário que deu o pontapé na abertura (Foto: Reprodução/TV Globo)
O voluntário que deu o pontapé inicial com o exoesqueleto se chama Juliano Pinto e tem 29 anos. Sua identidade vinha sendo mantida em segredo até o dia da abertura. Com certeza, cheio de emoção afirmou :  “Sempre existe um caminho e sempre existe esperança para aquele que acredita e para aquele que sonha”, disse.

O laboratório de testes do exoesqueleto foi montado dentro da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) que é uma instituição parceira do projeto “Andar de novo “.

O princípio envolvido no funcionamento do exoesqueleto é a chamada “interface cérebro-máquina”, e essa conexão prevê que a “força do pensamento” seja capaz de controlar de maneira direta um equipamento externo ao corpo humano.

No caso do exoesqueleto do projeto “Andar de novo”, uma touca especial capta as atividades elétricas do cérebro por eletroencefalografia. Quando o voluntário se imagina caminhando por conta própria, os sinais produzidos por seu cérebro são coletados pela touca e enviados a um computador que fica nas costas da veste robótica.

O computador decodifica essa mensagem e envia a ordem aos membros artificiais, que passarão a executar os movimentos imaginados pelo paraplégico. Ao mesmo tempo, sensores dispostos nos pés do voluntário enviam sinais para a roupa especial. A pessoa, então, sente uma vibração nos braços toda vez que o robô tocar o chão. É como se o tato dos pés fosse transferido para os braços, naquilo que Nicolelis chama de “pele artificial”.

Bom, todos esperavam muito esse momento, mas o exoesqueleto e as pesquisas do neurocientista com certeza servirão de base para futuros trabalhos ! O que decepcionou , acredito que à todos, foi a falta de importância que deram à esse momento. Mas a Copa e seus problemas já estão aí. Não há mais para onde fugir. O que nos resta é torcer para que a política brasileira mude e favoreça mais ao povo brasileiro. 

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